sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Agradecimentos e... é hora de partir!


Agradecimentos:

Uma viagem como esta não seria possível sem a ajuda de diversas pessoas que foram fundamentais durante o projeto.
Seja com ajuda com os documentos, com apoio moral, incentivos e boas dicas, este pessoal me ajudou a continuar seguindo em frente e fazer o que com certeza é o mais difícil: partir.
Por isso, nesse último post antes da partida, gostaria de agradecer especialmente a:

- Erondina Postai, minha eterna número 1, por ter incentivado tanto e ajudado muito com vistos, documentos e papeladas em geral. Sem você com certeza não estaria indo nesta viagem, fez muito por mim e só tenho a te agradecer do fundo do coração. Obrigado!

- Salustiano, pelo grande incentivo e pelo apoio com tecnologias (eu sou meio asno para essas coisas). Obrigado por tudo, grande parte dessa vontade de viajar eu devo a você, que planeja super bem suas viagens! Valeu mesmo, prometo bater boas fotos! (a maioria, pelo menos. Ta bom, algumas...).

- George e Dani, pelo grande incentivo e por ajudarem a segurar a barra enquanto eu estiver fora. Prometo cuidar do meu futuro sobrinho quando vocês quiserem curtir o final de semana juntos (putz, to fazendo um monte de promessas já). Valeu!

- A toda a excelente equipe do Souza Postai Advogados Associados, pelo grande apoio e por, também, ajudar a segurar a barra enquanto eu estiver fora, de maneira extremamente competente e eficaz, tenho certeza. Muito obrigado.

Michele, por ter elaborado o layout deste blog, que por sinal ficou fantástico. Valeu por ajudar com seu bom gosto e esforço, realmente ficou show de bola, do jeito que eu queria!

- Jamila, por todo o apoio nesta viagem, e também pelo Santinho, que vai me proteger nas viagens quando as coisas não derem muito certo. Obrigado loira!

- Amélia. Para quem não sabe, minha mochila ganhou o apelido de Amélia, porque carrega de tudo, faz tudo, me obedece e nunca reclama. Uma perfeita Amélia! Obrigado por não rasgar, sujar e ser assim tão obediente Amélia! (pelo menos até agora)

Livro da série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" 


Além deste pessoal, uma série de pessoas também foi fundamental para o sonho se tornar realidade. Assim, embora eu seja um pouco esquecido, me lembro agora de diversas pessoas que ajudaram com o projeto.

Agradecimentos sinceros à
Família Tschá, Mauro e Ana, Maickow, Frans (são duas), toda a equipe e alunos da Uni-Yôga Joinville (valeu pelas dicas Gustavo!), Nati e Robson, Família Vieira, Tia Rita e Família, toda a Família Postai (é gente pra caramba), toda a Família Souza (é mais gente ainda) e Tia Arnide e família. 

Obrigado!

E é chegada a hora de partir....

Eu vou confessar algo para você. Por muito tempo pensei em como seria a partida para esta viagem, já que a planejei por muitos anos. Por isto, estando agora há poucas horas de realizar algo muito maior do que jamais imaginei (nunca pensava que conseguiria ao menos começar uma volta ao mundo) minha dica até agora é: se você for pensar muito, você não vai! 

Então aja!
Eu sei que existem inúmeras dificuldades, tanto de tempo, financeiras, dificuldades com lingua, etc, mas mesmo assim, conheci muita gente que pode fazer uma viagem destas mas não acredita que consegue. Faça primeiro, e depois no caminho vá ajustando as coisas, mas faça!

Tenho uma noção, mas não sei com quem vou passar o Ano-Novo, ou o Natal, por exemplo. Não sei quem vou conhecer, não sei o que vou enfrentar e nem se vou conseguir entrar em alguns países. Também não tenho noção exata se 100 dias vai ser pouco ou muito tempo, ou se for sentir muitas saudades a ponto de não aproveitar a viagem. 
Basicamente, a mensagem que não para de se repetir no meu cérebro é: "Caramba, o que que eu to fazendo?"
 Mas é aquela velha história: se arrependa por fazer, nunca por deixar de fazer, porque se você se arrepende por deixar de fazer, vai ficar na eterna melancolia de não saber se daria certo ou não. 
Filosófico, eu sei. Mas real.

Sobre a viagem, ainda não estou acreditando, é amanhã!
O interessante é que parto dia 27 de Novembro do Brasil e só chego na Nova Zelândia dia 30 de Novembro, por dois motivos. O primeiro é que farei escala nos EUA, tomando um verdadeiro porre de aeroporto. 

E segundo porque perderei um dia da minha vida! Graças a Linha Internacional de Data, e como viajarei na direção contrária ao giro da Terra, teoricamente perderei um dia da minha vida, ou seja, não viverei esse dia (óoohhh!!). 

Prometo tomar uma taça de vinho no avião para comemorar esse dia que não vou viver! E também prometo pesquisar no Google para saber se algo de legal aconteceu, para eu poder contar para meus netos que não vivi aquele dia (talvez eles perguntem: "E daí?")

Por fim, relembrando o Roteiro, conforme a passagem de volta ao mundo, os lugares serão:

Nova Zelândia - 30Nov a 15Dez
Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã - 15Dez a 12Jan
India e Nepal - 12Jan a 8Fev
Egito, Jordânia e Israel - 8Fev a 28Fev
Marrocos - 28Fev a começo de março

É hora de zarpar! Tem um mundo lá fora esperando. Vamos ver se realmente é quadrado, como diziam uns anos atrás

É isso! Agora é colocar a mochila nas costas e partir para a maior aventura da minha vida!  (Até agora)
Fico feliz por você me acompanhar nesta viagem. Vamos juntos nessa, afinal, saio daqui sozinho mas com o apoio de pessoas maravilhosas.

Valeu, nos vemos na Nova Zelândia!
Um abraço!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sobre Moedas e Vistos

Feitos os apontamentos sobre o equipamento, o roteiro e o modo de hospedagem, é interessante falar sobre dois fatores essenciais em uma viagem, e que podem fazer o ato de partir pelo mundo um sucesso ou um fracasso.

Não são poucas as histórias de viajantes que não tiveram mais dinheiro para continuar sua viagem (ou não conseguiram ter acesso ao dinheiro) e, por isto, precisaram pedir ajuda para a Embaixada Brasileira no país que estavam.

Também são inúmeros os casos em que a entrada em determinado país não é liberada, fazendo com que o viajante tenha que retornar para casa mais cedo, não viajar, ou alterar drasticamente o roteiro que planejou.
Por isso, sobre moedas e vistos, algumas precauções e atitudes são imprescindíveis para tudo dar certo.

Sobre Moedas:

Tanto em uma viagem de longa quanto de curta distância é necessário o planejamento da média de gastos que você terá por dia. Isso se faz somando-se o gasto com hospedagem, comida, transportes e passeios, além de outros gastos extras.

A média de gastos pode fazer uma viagem para determinada região ficar caríssima mesmo em pouco tempo.
Um exemplo? Experimente ficar 1 mês viajando pela Europa. Seus gastos dificilmente serão de menos de 50 dólares por dia. E com esta quantia você consegue, comendo melhor e até ficando em hospedagens melhores, ficar uns 3 ou 4 dias na Tailândia, por exemplo.

Por isso, planeje bem os gastos de sua viagem para ter uma noção do quanto irá gastar. Guarde dinheiro para experiências, ou seja, para conhecer lugares e realizar passeios mais exclusivos. Isto porque de nada adianta visitar uma região conhecida como sendo um dos melhores lugares para prática de mergulho do mundo, por exemplo, e não mergulhar lá. Você até foi ao local, mas não conheceu o que tinha que conhecer.
Sobre a maneira de carregar o dinheiro, atualmente existem novas alternativas que são bem melhores do que os antigos Travellers Checks, que atualmente são pouco usados e já foram praticamente substituídos.
São elas:


- Cartão de Crédito Internacional:
Levar no mínimo um cartão de crédito é, hoje em dia, fundamental. Isso porque o risco de acabar a viagem por furto é menor, já que você pode bloqueá-lo rapidamente. ALém disso, a conversão da compra que você fizer será sobre o Dolar Oficial, tornando a diferença entre comprar com dinheiro vivo e com o cartão de crédito muito pequena (salvo se ocorrer uma reviravolta na economia, o que hoje em dia, no Brasil, é dificil).

Cartões. Eles sempre ganham. Você sempre perde. Então seja esperto e procure perder um pouco menos.
Uma dica é levar um Cartão Mastercard, já que é bem aceito e é uma bandeira diferente da VISA, que você pode levar através do cartão Visa Travel Money, bem útil como cartão de débito.
Por fim, você não deve usar o cartão de crédito como débito em caixas eletrônicos, simplesmente porque estará fazendo um empréstimo ao invés de sacar dinheiro, o que tornará a quantidade de juros e taxas que você pagará algo absurdo. Portanto, cartão de crédito deve ser usado apenas como cartão de crédito (óbvio isso não).

- Visa Travel Money
O VTM é um cartão de débito recarregável. Basicamente você o carrega antes de viajar (em dolares ou euros) e depois, durante a viagem, vai sacando os valores na moeda do país, podendo ele ainda ser novamente recarregado tanto no país em que você estiver quanto aqui mesmo no Brasil (por algum parente, conhecido, etc, que vai recarregando para você). É extremamente interessante para viagens longas, já que se você estiver em países mais complicados, saca o valor que quiser já na moeda local, em milhares de caixas eletronicos da VISA espalhados no mundo inteiro.


Visa Travel Money é excelente como cartão de débito em viagens. Mas não como de crédito.

Sobre taxas, você paga 2,50 dolares a cada saque, ou seja, procurar sacar sempre o valor máximo (400 dolares) é bastante recomendavel, já que voce minimiza a taxa cobrada.
Ainda, a cada saque feito na moeda do local em que voce estiver, a conversão é cobrada sobre o Dolar Turismo, e não sobre o Dolar Oficial do dia, o que faz com que você perca um pouco na conversão, mas ainda assim sendo uma boa opção de saque.

O VTM ainda serve como cartão de crédito para qualquer estabelecimento VISA, mas aqui alguns viajantes acabam cometendo um erro que pode tornar as coisas bem mais caras. Isso porque o VTM é excelente para saques (já que comparado a uma casa de câmbio fica até mais barato conseguir a moeda do pais que voce estiver), mas não é muito bom como cartão de crédito, embora pareça.

Isso porque se você levar um cartão de crédito internacional e usá-lo nas compras, a taxa de conversão será o Dolar Oficial do dia, ao invés do Dolar turismo (que o Visa Travel usa), tornando o gasto menor.

Por isso, a conclusão que se chega é: use o cartão de crédito como CRÉDITO, e use o cartão de débito Visa Travel Money como DÉBITO. Não invente, e você economizará uns bons trocados.

- Dinheiro vivo (Dólar ou euro?)
Sobre levar dinheiro vivo, ou seja, junto com você desde o começo da viagem, sabe-se que o dólar é ainda o mais conhecido e aceito. Por isso, procure comprar ainda no Brasil e, obviamente, quando o dólar estiver baixo, já que assim você acaba ganhando alguns centavos na conversão que acabam virando centenas de reais no valor final.

Mas cuidado. Levar dinheiro vivo pode acabar chamando a atenção de pessoas mal intencionadas no local onde você estiver hospedado, ou mesmo quando você realizar alguma compra. Por isso, evite ao máximo mexer em grandes quantias na frente de qualquer pessoa que você tenha conhecido, por mais confiável que ela possa parecer.

Furtos em albergues, ou até hoteis, de dinheiro que estava escondido na mala são bastante comuns, e podem consumir uma porcentagem considerável do que o viajante planejava gastar durante sua viagem.

Levar dinheiro vivo pode facilitar a ação de aproveitadores (as)!

O seu dinheiro, assim como seus cartões, deve sempre ser levado em um local de segurança, seja em uma pochete discreta (algumas vão por debaixo da calça) ou em algum canto escondido da mochila.
Tenha também alguns valores escondidos em outros locais (como na mochila de ataque). Em uma emergência, você ainda tem um dinheiro guardado.


Sobre Vistos:

É interessante como você cria a imagem de um país muitas vezes pelo próprio visto.
Aconteceu no planejamento para esta viagem.
De todos os lugares que pretendo visitar e ficar (NZ, Tailandia, Camboja, Laos, Vietnã, India, Nepal, Egito, Israel, Jordania e Israel), somente para a India eu precisei de visto.

O problema é que, não bastasse ter uma lista IMENSA de documentos para enviar ao Consulado da India(que inclui inclusive informacões bem pessoais e desnecessárias), ainda, ao preencher os documentos para o visto, me deparei com uma falta de respeito tremenda do governo indiano.

Isso porque, escrito em um dos documentos, estava uma frase que dizia mais ou menos o seguinte:
"Se você é portador de AIDS, não tem permissão para entrar na Índia. Caso seja descoberto por um de nossos oficiais que você é portador da doença enquanto estiver na Índia, você poderá ser imediatamente deportado de volta ao seu país"

Po, os caras nunca assinaram algum tratado de Direitos Humanos não? Que baita preconceito e falta de consideração, um país com o tamanho da Índia colocar, já no primeiro contato do viajante com o pais (o preenchimento dos documentos do visto), um "alerta" para portadores da doença.
Nessas coisas, infelizmente, o viajante acaba criando uma imagem antecipada do país que não é nada boa. No caso da Índia, o de um país burocrático e preconceituoso.

O excesso de burocracia e impedimentos podem fazer você odiar um país antes mesmo de conhecê-lo

Outro caso de visto que me chamou a atenção foi que precisei preencher, novamente, um MONTE de documentos para fazer um visto de TRÂNSITO para os EUA e para a Australia.

Isso porque vou fazer escala nesses países para chegar nos destinos, e vou ficar ALGUMAS HORAS no aeroporto, tanto de Houston (EUA) quanto no de Sidney (Austrália) Por este motivo, e talvez porque se achem especiais, esses países pedem que você demore horas e horas preenchendo formulário e conseguindo documentos, como se, durante o pouco tempo em que vai ficar no aeroporto, fosse burlar a segurança e fugir do aeroporto para ter a honra de ficar em um desses lugares. Total falta de respeito.

Afinal, é um VISTO DE TRÂNSITO caramba! Vou ficar 3 horas no aeroporto!
Mesmo assim, eles pedem uma série de burocracias, tornando o visto de trânsito tão ou mais burocrático que o visto normal. Dispensa comentários e, de novo, deixa no país que concede o visto uma péssima imagem, pela falta de consideração com viajantes que só querem caminhar pelo aeroporto daquele país para pegar um outro avião e sair logo dali.


Bom, sobre moedas e vistos, é isto. Assim, acho que fecha a parte antes da viagem, que inclui o roteiro, os equipamentos, o modo de hospedagem, vistos e moedas.

Faltam alguns dias para a viagem, dia 27 me mando! 
Um abraço!

sábado, 6 de novembro de 2010

Equipamento - A arte de levar só o necessário

Primeiro um aviso...
Antes de começar o post, um pessoal me relatou que não está conseguindo comentar no blog, porque precisa de uma conta no Google. Caso você não tenha uma conta no Google e queira comentar, vá no fim do Post, em "Comentários", e escolha a opção "Anônimo", ou "Nome/URL". Assim, você poderá comentar mesmo sem uma conta do Google.
Seu comentário é importante, então manda bala! Valeu


Agora o Post 
Equipamento - A Arte de levar só o necessário
Fazer um mochilão exige, necessariamente, carregar pouca coisa.
Isso significa que não, você não poderá levar uma série de malas com roupas, calçados e itens de todos os tipos na sua viagem por um simples motivo: você terá que carregar tudo em suas costas, e isto pesa.
Ou seja, se você quiser levar 15kg de bagagem ao invés de 7kg, por exemplo, toda vez que você se movimentar de uma cidade a outra, sua mochila o acompanhará, pesando em suas costas e podendo ser um verdadeiro fardo.
Imagine um caracol carregando sua "casa" nas costas, uma imensa concha com o triplo de seu tamanho, andando vagarosamente pelo chão de sua casa. 

Imaginou? Pois é, é justamente por isso que caracóis não são rápidos: porque carregam muito peso nas costas!
É justamente por isso que um mochileiro deve evitar ao máximo carregar itens desnecessários em sua mochila, até mesmo pela sua segurança. Se você estiver em um ônibus lotado no meio de uma cidade grande, fica muito mais fácil proteger sua mochila (e não esbarrar nos outros) tendo uma mochila razoável nas costas.

Nos sites especializados sobre o assunto, é comum viajantes bastante experientes comentarem que ficaram por meses e meses ao redor do planeta carregando pouquissimos quilos (frequentemente menos que 10). E também é bastante comum alguém que nunca fez um mochilão levar, na primeira vez, uma imensa mochila de 70 ou 80 litros durante toda a viagem, tendo imensas dificuldades de carregar e, talvez por isso, prometendo nunca mais fazer um mochilão em sua vida.

Por isso, a arte de levar só o necessário é algo que se aprende com o tempo, e que vai lhe ajudar muito em uma viagem. Com o tempo você descobre que carregando poucas coisas você aproveita muito mais o lugar, já que tem menos itens para cuidar/arrumar/limpar/carregar.
Vamos aos equipamentos essenciais em um mochilão, e que irei levar na viagem:

A mochila:
Aqui você tem a principal parte do seu equipamento.
É interessante porque você vai ver que, durante uma viagem dessas, ou você vai passar a adorar sua mochila e virar uma espécie de fã dela, ou vai odiá-la. É serio, pense bem, ela vai acompanhar você para todos os lugares, tanto nos momentos ruins quanto nos bons. Ela vai enfrentar frio, chuva, transportes terríveis, lugares perigosos e outras coisas mais com você. Ou seja, ela acaba se tornando quase um membro da sua família, de tanto que você se preocupa com ela.

Por isso, procure por uma marca boa, que tenha um sistema de refrigeração para as costas (uma espécie de tela por onde entra o ar), além de proteção para os ombros e bolso interno (para guardar documentos e itens importantes). São pequenos detalhes, mas que fazem toda a diferença quando você estiver em um local complicado.

Esta será minha mochila na viagem, uma Deuter 48 litros. Linda, não é?


















Outra coisa bacana em uma mochila é colocar alguma identificação que a torne única, primeiro porque fica mais fácil identificá-la em relação às outras (em alguns albergues elas ficam todas juntas), e segundo porque é bacana no sentido de criar identidade a ela (já falei, em um mochilão uma mochila é quase um ser vivo).
Um exemplo, e que vou fazer, é colocar uma pequena bandeira de seu país costurada em alguma parte da mochila. 

Isso porque ser brasileiro é algo ótimo no exterior, onde a maioria dos povos admira nosso país e, simplesmente por identificar a bandeira em sua mochila, já fica mais fácil criar uma amizade. (ser brasileiro é até status! Nosso povo é muito amado).

Por fim, outra dica interessante é, sempre que comprar uma mochila, procurar testá-la antes de fazer sua viagem, geralmente fazendo algum acampamento ou caminhada. Assim, você poderá fazer alguns ajustes que tornarão o ato de carregá-la muito mais fácil, como afrouxar nos ombros e apertar a mochila nos quadris, diminuindo o esforço e fazendo com que sua viagem fique bem menos penosa.

A mochila de ataque:
Considero a mochila de ataque uma das maiores sacadas em um mochilão. Fiz uma viagem de um mês há três anos atrás (meu primeiro mochilão), e levar uma mochila de ataque foi uma das melhores coisas que eu fiz.
Mas o que é isso, afinal?

Não é nada mais do que uma pequena mochila que você carrega dentro do seu mochilão (ou na frente do seu corpo, já que ela é pequena) e utiliza para visitar os locais que você está conhecendo.
Isso faz com que o seu mochilão seja usado apenas para se deslocar entre as cidades ou países, pois, chegando nestes locais, você o deixa na sua hospedagem (de uma maneira segura, claro), pega sua mochila de ataque e parte para conhecer o local que você vai ficar por 1, 10, ou sei lá quantos dias.

Ou seja, enquanto sua mochila grande, enorme e pesada está descansando na sua hospedagem, você coloca em sua mochila de ataque um casaco, um lanche, garrafinha de bebida, documentos importantes, dinheiro, e parte para conhecer o local.
Deu algum problema durante o dia? Esfriou ou esquentou? Ficou com sede? Tudo o que você precisa está com você, nesta pequena mochila. E assim que você precisar partir para outras cidade, aí sim você pega sua mochila grande e se movimenta. 

Mochila de Ataque
Outra boa sacada é que a mochila de ataque traz segurança à sua viagem, quer ver? Imagine que o seu mochilão, que ficou na hospedagem, é roubado. É claro que tem problema, porque suas roupas estavam lá dentro, e ele custou caro. 
Tudo bem, mas isso não acaba necessariamente com sua viagem, já que você tornou seu mochilão "dispensável.

Isso porque todos os seus principais documentos, seu dinheiro, seu cartão, seu passaporte estão com você, em sua pequena mochila de ataque, junto com um casaco reserva e um lanche. Ou seja, embora ser roubado é algo péssimo, você dificilmente vai passar fome, ou frio, ou ter seus documentos principais roubados.

"Mas e se eu estiver andando pela cidade e alguém me assaltar, levando minha mochila de ataque ao invés do mochilão?"

Bom, concordo que você tem um problema maior dessa vez.
Mas ainda assim, você pode pedir ajuda e voltar para sua hospedagem (ou ainda usar o dinheiro que ficou escondido em sua cartucheira). Voltando, você terá lá seu mochilão, onde dentro haverá uma pequena pastinha com TODAS as cópias de seus principais documentos, além de um cartão de crédito muito, mas muito bem escondido ali dentro.
Você continua com problemas, porque provavelmente vai ter que procurar a Embaixada e emitir novo passaporte, mas... ainda sim, novamente, dificilmente vai morrer de fome, frio ou ficar sem dinheiro.
É ruim, mas ainda assim é relativamente seguro.

O saco de dormir
Antigamente os sacos de dormir eram imensos, já que este item não deixa de ser uma cama onde o viajante deita e dorme em lugares onde não há um lugar confortável para isso.
Atualmente, os sacos de dormir são minúsculos, mas se abertos conseguem fazer caber um cidadão de quase 2 metros com relativa tranquilidade.
Se você tem conforto dormindo em um?

Bem... não, mas se você quiser conforto vá para um hotel oras! 
O saco de dormir quebra um galho, mas ainda assim não é lá muito confortável, a menos que você durma em algum sofá e o utilize para cobrir o corpo.
Ele serve mais para situações de emergências, onde o local que você encontrou para dormir não é muito higiênico, ou é frio e não há cobertas, ou ainda (esta opção é mais drástica), simplesmente NÃO há local para dormir na cidade.



É neste saco de dormir feito com penas de ganso e tecido egípcio que passarei várias noites com muito conforto


Além disso, os sacos de dormir servem como um quebra-galho em casos onde o local que você vai dormir não é muito higiênico (serve como uma espécie de lençol).
Por fim, o caso de dormir ainda ajuda como coberta, se você estiver em uma cidade que seja muito fria e o albergue, por exemplo, não disponibilize muitas cobertas.


O que mais vou levar:
Além dos equipamentos acima, estou agora mesmo com todo o material espalhado em cima da cama, escolhendo o que vai e o que não vai. Geralmente as coisas "não vão", porque o espaço na mochila é pequeno.
Mas a principio, vou levar:

Um par de botas Salomon - Marca excelente para caminhadas. Recomendo já amaciar o calçado, e levar um de cor preto. Afinal, sempre está na moda! (que nada, é porque esconde a sujeira mesmo)

Um chinelo - Para tomar banho e mesmo relaxar o pé durante a viagem. - Recomendo Havaianas. Representam bem o Brasil, são leves e dobráveis. Cabem bem na mochila.

4 Camisetas curtas - Não leve roupas brancas de jeito nenhum, por motivos óbvios. Procure cores como vermelho, amarelo, verde ou cinza. Também pegue tecidos que não amassam, e que sejam confortáveis. Leve também uma camiseta do Brasil para fazer amizades!
 "Brasil? Ronaldo? Kaka?" 
Aí você responde"Yes!"
 Pronto, já conheceu alguém.

3 blusas Solo manga comprida - São leves e esquentam muito. Aguentam bem o frio e, no calor, não abafam. Fáceis de lavar e não ficam amassadas. Essa marca é especializada em aventuras e suas roupas duram anos. Vale a pena investir.

4 calças-bermuda - Aquelas calças que se transformam em bermuda, super fashion (ou não). Procure por aquelas que tem bolsos com zíper. Evitam que você seja furtado em um local de muito movimento.

Sacola impermeável - Para colocar seus equipamentos eletrônicos dentro. Mesmo a mochila sendo impermeável, um toró pode molhar algumas coisas dentro. Com uma sacola dessas, ao menos seus documentos e  eletrônicos ficam protegidos.

1 jaqueta impermeável para altas temperaturas. - De preferência para uma que aguente a até 0 graus, inclusive. A minha é laranja, daquelas que mesmo perdido no meio dos Himalayas, provavelmente alguma equipe de resgate pode me identificar. Tem proteção para o pescoço também, e capuz, já que no frio proteger a cabeça, além das mãos e dos pés, vale mais do que mil casacos.

5 cuecas - Pensei em levar 4, mas após muita dúvida e estudo, achei melhor, por questões de segurança, levar 5. Pode parecer piada, mas procure levar cuecas do tipo samba-canção. Dão menos problemas de assaduras e tudo mais 
(viu? Este blog também é cultura!)

5 pares de meia (de preferência de trekking, que não suam tanto e não fedem tanto.

Toalha impermeável - É menor e não tão felpuda como as toalhas tradicionais, mas seca muito, mas muito rápido. Se é confortável? Bom, parece que você está se secando com um saco plástico.

Necessáire - Com escova de dentes, equipamentos de higiene, remédios, etc.

Máquina fotográfica -Uma boa, mas aqui também é importante que seja dispensável. Ou seja, se alguém roubar sua máquina, tenha em mente que a maioria de suas fotos devem estar guardadas em cartões de memória (em outro lugar de sua mochila), bem como que suas fotos já devem estar postadas na internet (durante a viagem, através de lan-houses) Isso evita que você perca suas fotos.

Celular: - Serve como despertador, máquina fotográfica reserva, MP3 Player, gravador de voz para entrevistas, Rádio, para mandar mensagens para a família, e para acessar Internet Wi-Fi. Um quebra-galho danado.

É isto, são estes os equipamentos principais que vou levar na viagem.Você já fez um viagem longa? Recomenda levar algum equipamento indispensável? Comente aqui no blog!

A viagem começa dia 27 de novembro, cada vez mais perto!
Um abraço!